Advogado acusado de se apropriar de indenizações de clientes é preso em Ponte Serrada
Profissional de 37 anos chegou a mudar de nome para tentar se livrar das acusações

Um mandado de prisão preventiva foi cumprido na tarde desta terça-feira, dia 6, contra um advogado de 37 anos pela Polícia Civil de Ponte Serrada. O profissional teria sido preso dentro do próprio escritório, que fica no Centro do município do Oeste catarinense.
Segundo apurou o Oeste Mais, a ordem judicial contra Junior Cezar Sales foi expedida pela comarca de Ponte Serrada após investigações de crimes cometidos por ele em processos ganhos na Justiça. O profissional é acusado de não repassar valores de indenizações aos clientes.
A Polícia Civil informou em nota que a prisão ocorreu pelo “crime de apropriação indébita”. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa e no escritório do advogado, com o carro dele apreendido, além de documentos, dois computadores, dois celulares e aplicação de medida se sequestro de uma casa pertencente a ele, “que colaborou com todas as diligências, as quais foram acompanhadas por um representante da OAB local”, completou a nota da polícia.
Candidato a vereador
Junior Cezar Sales é natural de Ponte Serrada e disputou duas eleições para o cargo de vereador do município ― em 2016 pelo PSB e 2020 pelo PSC. Em 2016 ele conquistou 235 votos (3,36%). No último pleito foram 129 (2,01%). Em ambas as eleições ele não se elegeu, mas ficou como suplente.
Mudança de nome
Ainda quando começaram as denúncias, o advogado chegou a mudar de nome na tentativa de se esquivar dos processos. O Oeste Mais obteve com exclusividade a nova certidão de nascimento de Sales, que alterou o nome para Udo Sales (imagem acima).
Sales também tinha um perfil no Instagram chamado “dr.cezarsaler_jr”, onde postava fotos de viagens pelo mundo. As imagens mostram o advogado em lugares como a Serra Gaúcha, em Gramado (RS), e em vários passeios internacionais, visitando países como a França, Holanda e Espanha.
O Oeste Mais entrou em contato com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seccional de Xanxerê, questionando se ele pode perder o registro profissional e quais devem ser os procedimentos internos. A instituição disse que está acompanhando o caso, mas não vai se manifestar. “É praxe não emitirmos nota nesses casos”, resumiu.
Oeste Mais
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