Delegado regional se manifesta sobre a morte do policial Juliano Pedrini


Por Catanduvas Online

16/04/2024 17:10



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Nota

A Polícia Civil de Santa Catarina perde um excelente profissional da segurança pública, um excelente policial civil, que merece todas as nossas homenagens. A comunidade perde um líder, um entusiasta, sonhador, um colaborador. Uma pessoa que se dedicava às outras. Juliano ajudou muitas pessoas, principalmente as mais humildes. Tratava todos com respeito e educação. Nunca recebi ou percebi um usuário que fosse atendido por ele reclamar de mal atendimento.

 

Juliano era o homem das descontrações nas operações que nos reuníamos nas madrugadas para prender nossos alvos. Não tinha dia, não tinha hora para o serviço de rua. Não havia mal humor, estava sempre de bom e alto astral.

 

Juliano sempre trabalhou em nossa região, teve oportunidades e convites para atuar em outras locais, mas nunca quis sair de Joaçaba, sua terra, onde ele queria ajudar as pessoas. Foi convidado, por várias vezes para responder por Delegacias em nossa região, nunca aceitou. Entendia que seu trabalho era investigação, era trabalho de rua, de combate ao crime. Não que os serviços administrativos não sejam relevantes para nossa atividade fim, muito pelo contrário, são extremamente importantes, mas sua vontade era a investigação criminal, pura e simples.

 

Juliano era bacharel em Direito, Pós-graduado em ciências penais, participou de vários cursos de formação, cito como exemplo junto ao Grupo Tigre do Paraná e da Força Nacional no Amapá. Depois de criadas as DICs (Divisões de Investigações Criminais), sempre atuou na DIC de Joaçaba.

 

Juliano participou de inúmeras operações em nossa região e, por sua experiência, dedicação, facilidade de comunicação, participou de operações desencadeadas por outras regiões. Cito como exemplo: quem não se recorda dos inúmeros assaltos a ônibus na BR-153, em Água Doce e Palmas-PR? Pois então, foi um dos principais responsáveis para a eliminação da organização que ali atuava, que terminou num confronto armado, com a morte de membros da organização e prisão de outros; quem não lembra do “ladrão” que aterrorizou dezenas de agricultores pelos furtos e roubos nos interiores de Luzerna, Joaçaba, Água Doce e Herval d´Oeste, que só terminou quando o suspeito, que desafiou atirar nos policiais, só parou depois de alvejado e morto pelo APC Juliano. Cito como exemplo recente o exaustivo trabalho de investigação, que culminou na prisão de dois suspeitos do duplo homicídio na cidade de Treze Tílias, no dia primeiro de janeiro de 2024.

 

Despedida

Depoimentos, homenagens, uma longa salva de palmas e um cortejo com sirenes de viaturas da Segurança Pública foram as últimas homenagens feitas ao vereador e vice-presidente da Câmara de Vereadores de Joaçaba, Juliano Primo Pedrini (PSD). O funeral ocorreu na Câmara de Vereadores de Joaçaba e o sepultamento no Cemitério Municipal Frei Edgar, nesta segunda, feira (15). 

 

 vereador recebeu inúmeras homenagens em forma de flores e textos. Depoimentos de amigos, familiares e colegas de trabalho evidenciaram a trajetória do policial civil com quase 30 anos de carreira junto à Secretaria de Estado de Segurança Pública de Santa Catarina e sua caminhada como agente político.

 

Juliano já havia disputado eleições para o Poder Executivo de Joaçaba e para a Assembleia Legislativa. Foi eleito vereador na eleição de 2020 e era um vereador muito ativo, tanto na elaboração de projetos de lei, como em indicações e contato com à comunidade. Recentemente havia deixado o Partido Liberal, filiando-se ao Partido Social Democrático (PSD) e, já havia lançado seu nome como pré-candidato a prefeito de Joaçaba.   

 

O governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, o prefeito de Joaçaba Dioclésio Ragnini, o presidente da Câmara, Vilmar Zílio, inúmeros delegados, colegas policiais, vereadores, servidores da Casa Legislativa e à comunidade, uniram-se aos familiares para a despedida de Juliano. 

 

Juliano Pedrini era graduado em Direito e pós-graduado em Ciências Penais. Ele deixa esposa e três filhos.

 


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Caco da Rosa