Cronograma de vacinação contra a Covid-19
Vacina será disponibilizada de graça pelo Sistema Único de Saúde
A enfermeira Mônica Calazans foi a primeira pessoa a tomar uma vacina contra a Covid-19 no Brasil sem ser em um teste clínico. Ela recebeu uma dose da CoronaVac em São Paulo minutos após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial, em Brasília. Além da CoronaVac, a vacina de Oxford também poderá ser aplicada emergencialmente no Brasil.
Preciso levar algum documento ou me cadastrar em algum site?
Todas as pessoas serão vacinadas, mesmo que não apresentem algum documento. Basta comprovar que pertence ao grupo prioritário correspondente à fase da vacinação. No entanto, para fazer o controle, o Ministério da Saúde diz que é importante informar o número do CPF ou apresentar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) – o Cartão do SUS.
Caso a pessoa não esteja cadastrada nas bases de dados do Ministério da Saúde, o profissional no posto de saúde poderá registrá-lo no momento do atendimento.
Quais vacinas serão aplicadas no Brasil?
Por enquanto, duas vacinas foram aprovadas para uso emergencial: a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Quais serão os grupos prioritários?
Segundo o plano nacional de imunização do governo, as prioridades da campanha de vacinação são:
â— trabalhadores da área de Saúde;
â— idosos (acima de 60 anos);
â— indígenas;
â— pessoas com comorbidades;
â— professores (do nível básico ao superior);
â— profissionais de forças de segurança e salvamento;
â— funcionários do sistema prisional;
â— comunidades tradicionais ribeirinhas;
â— quilombolas;
â— trabalhadores do transporte coletivo;
â— pessoas em situação de rua;
â— população privada de liberdade.
Quais serão as fases de vacinação?
De acordo com o plano nacional de imunização, as três primeiras fases incluem os seguintes grupos:
Primeira fase: trabalhadores de saúde; pessoas de 75 anos ou mais; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas; população indígena aldeado em terras demarcadas aldeada; povos e comunidades tradicionais ribeirinhas.
Segunda fase: Pessoas de 60 a 74 anos.
Terceira fase: pessoas com comorbidades.
Ainda não está definido em qual fase serão inseridos os demais grupos prioritários. Segundo o governo, a decisão depende de aprovação das vacinas e disponibilidade.
Por que a vacinação é importante?
Quanto mais gente se vacinar logo no início, mais fácil será tratar eventuais pessoas que ainda não receberam suas doses e precisarão, portanto, de atendimento médico.
As vacinas não garantem que o paciente não terá Covid-19 novamente, apenas diminuem a chance de infecção e também a gravidade da doença em relação às pessoas que não receberam. Por isso, mesmo os vacinados ainda poderão transmitir o coronavírus. O uso da máscara ainda será fundamental, assim como o isolamento.
"Nenhuma vacina é 100% eficaz. Você só consegue maior proteção quando a maior parte da população se vacina, porque quando tem muita gente vacinando, o vírus diminui a circulação e, então, acaba protegendo também quem não está vacinado. Por isso que não é 'toma quem quer'", disse Denise Garret, epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas.
A vacina será gratuita?
Sim. A vacina será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, sem custos.
Quanto tempo após tomar a vacina eu estarei imunizado contra a Covid-19?
Mesmo após as duas doses da vacina, nosso organismo não gera uma resposta imune imediata, explica o infectologista Jose Geraldo Leite Ribeiro, vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
“A proteção se dá um tempo após a aplicação da segunda dose, e esse tempo varia de acordo com cada vacina. Na maioria delas, a imunidade acontece a partir de dez ou vinte dias após a segunda dose”, afirma.
A vacinação contra a Covid-19 acabará com o coronavírus?
Ainda não se sabe. Em maio, a OMS afirmou que não há como prever quando se o coronavírus irá desaparecer um dia, mesmo com uma vacina.
Porém, ainda que a vacina não seja capaz de fazer o vírus desaparecer, ela será capaz de interromper as cadeias de transmissão e conter a disseminação entre as populações.
A previsão dos cientistas e da própria OMS é que o coronavírus se torne endêmico: à exemplo do que ocorre com o Influenza, que infecta novas pessoas todos os anos, o vírus continuará em circulação infectando aqueles que estiverem suscetíveis à Covid-19.
Posso ser infectado pelo coronavírus ao tomar a vacina?
Não, pois nenhuma vacina em testes contém o vírus vivo. “A vacina contra a Covid-19 é uma ‘vacina morta’, ou seja, são inativadas, não contém o vírus vivo. Portanto, é impossível você ser infectado ao se vacinar”, explica Ribeiro.
Com informações do G1
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