Alesc começa a debater pedido de impeachment do governador Carlos Moisés
Governador terá 15 dias para justificar a concessão de aumento salarial para os procuradores do Estado
Projeto de lei para a Reforma Administrativa poderia conter e lei ordinária para concessão do aumento salarial aos procuradores. Foto: James Tavares/Secom/ND
Apesar do recesso parlamentar, os deputados estaduais catarinenses já começaram a discutir a situação política gerada pelo pedido de impeachment do governador Carlos Moisés protocolado na segunda-feira (13) pelo advogado e defensor público Ralf Zimmer Júnior.
A notificação sobre o pedido de impeachment foi encaminhada nesta terça-feira (14) ao governador, que está de férias em Laguna, e terá 15 dias para justificar a concessão de aumento salarial para os procuradores do Estado que provocou impacto de R$ 8 milhões aos cofres públicos.
Nesse período de 15 dias, a Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) deverá constituir uma comissão especial, com nove membros dos diversos partidos, para análise do pedido. O presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), informou que seguirá as determinações legais expressas na Constituição Estadual e no Regimento Interno. Porém, ele ressalta que, num regime democrático, “o impeachment é o último recurso e não pode ser banalizado”.
Para o ex-líder do governo na Alesc em 2019, deputado Mauricio Eskudlark (PL), é preciso ter cautela. Em viagem pelo Estado e apenas acompanhando o noticiário da imprensa sobre o assunto, Eskudlark estranhou apenas que algumas testemunhas arroladas pelo denunciante não teria condições de analisar o mérito da questão. “A casa (Alesc) terá que analisar. Tudo é possível”, completou. O líder da bancada do PSL, deputado estadual Sargento Lima (PSL), foi procurado pela reportagem através da assessoria, mas não forneceu posicionamento até o fechamento da edição.
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