'Contar a história dele me mantém firme', diz mãe do goleiro Danilo um ano depois de tragédia da

Acidente aéreo completa um ano na quarta-feira (29); além de Danilo, outras 70 pessoas morreram.


Por Catanduvas Online

28/11/2017 13:45



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A mãe do goleiro Danilo, que faleceu na tragédia com a delegação da Chapecoense, Ilaídes Padilha, disse que, desde a morte, manteve o filho vivo porque não deixou de falar sobre ele. "Não quero deixar a história dele ser esquecida. Contar a história dele me mantém firme", explica. 



O acidente aéreo na Colômbia completa um ano na quarta-feira (29). Além do paranaense Marcos Danilo Padilha, de 31 anos, outras 71 pessoas morreram, entre jogadores, membros da comissão técnica e da diretoria do time, jornalistas, convidados e tripulantes. Houve seis sobreviventes. 


Em entrevista ao G1, nesta terça-feira (28), ela contou que o último ano foi corrido. "Passou rápido porque foram feitas muitas homenagens e nós fomos acompanhando. Foi extremamente difícil porque tive que conciliar tudo, as entrevistas, atender a todos, falar sobre ele", conta. 


Ilaídes precisou até mesmo deixar o emprego em uma rádio em Cianorte, no noroeste do Paraná, onde mora, para dar conta. "Foi um ano difícil. Simplesmente mantive ele vivo, foi a forma que facilitou para eu conseguir deitar e dormir. Fui amenizando, até a ficha cair", explica. 



"Se eu parasse e não falasse nada dele, não sei como seria o meu ano sem ele. A minha vida girava em torno dele", relata. 



Para a mãe, o filho - que chegou a ser resgatado com vida, mas morreu no hospital - era um anjo. "Muito bom filho. Tenho orgulho dele como filho, não só como atleta. Amoroso, bom filho, bom pai, bom irmão. Ele estava no melhor momento da vida dele", acredita. 


Ilaídes sabe que, daqui para frente, a saudade só vai aumentar. "Pretendo continuar falando dele e dando apoio às mães que estão em luto. E elas devolvem [o apoio] para mim, fazendo com que a dor fique menor", afirma. 



À época do acidente, um vídeo em que a mãe de Danilo abraça e conforta um repórter do SporTV viralizou e emocionou a todos. 



"Foi Deus que me deu toda a força quando abracei o Guido [Nunes]. Todo mundo me perguntava como eu estava, o que estava sentido. O que sente uma mãe que acabou de perder o filho? Todos os repórteres perguntaram. E eu perguntei a mesma coisa para ele. Quantos amigos ele perdeu também, colegas da equipe?", lembra. 



Ela conta que o abraçou porque sabia que ele também estava sofrendo. "Venho de uma cidade pequena, onde todo mundo se abraça. É natural para mim", acrescenta. 



A classificação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, em 2016, era um momento único do clube, dos jogadores, da cidade inteira. Porém, a alegria terminou no voo para a primeira partida da decisão, contra o Atlético Nacional, de Medellín. 



O avião caiu pouco antes de chegar ao aeroporto de Rio Negro. A investigação para descobrir quem foram os culpados pela tragédia continua. 



Trajetória do goleiro 
Danilo foi para o Chapecoense em setembro de 2013, por empréstimo. Depois, fechou contrato de vez. Ela era casado e deixou um filho. 


No Paraná, Danilo também jogou nos seguintes times: Cianorte (2003-2005), Engenheiro Beltrão (2006), Cianorte (2006-2007), Nacional (2008), Paranavaí (2009), Operário Ferroviário (2009-2010), Arapongas (2010-2011) e Londrina (2011-2013). 
 

Fonte: G1



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