Câmara de Catanduvas adquire edificação do antigo Besc para sede própria

Um processo de desapropriação da antiga sede do Banco do Brasil, ingressado pelo município, resultou na decisão judicial favorável ao legislativo que comprou a edificação, pelo valor de R$ 700 mil


Por Catanduvas Online

30/11/-0001 00:00



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O município de Catanduvas é um dos poucos na região que o Legislativo ainda não possui sede própria. A Câmara de Vereadores funcionou até o ano de 1999, no prédio da prefeitura. Entretanto, com a implantação da Comarca, o fórum, primeiramente funcionou naquele local e a Casa Legislativa passou a pagar aluguel em imóvel particular. Desde então, surgiu a ideia de construir um local próprio.

Inicialmente, tudo não passava de um sonho que foi se aproximando da realidade com o passar dos anos. Alguns presidentes que passaram pelo legislativo, foram demonstrando interesse em buscar meios para que a obra pudesse acontecer.

Algumas ações foram iniciadas com o objetivo de conquistar o sonhado espaço. Uma lei criada em 2013 garantia que parte do duodécimo pudesse ser guardada a cada ano, para a tão desejada construção. Em 2013 foram reservados R$ 100 mil, em 2014 R$ 200 mil, 2015 R$ 130 e no ano passado foram economizados para esse fim, o valor de R$ 200 mil. Neste ano de 2017 já foram disponibilizados R$ 70 mil, totalizando assim, R$ 700 mil.

Sem um terreno próprio para a construção, em certo momento foi acertado com o Poder Executivo que a obra aconteceria ao lado da prefeitura, onde era a garagem e que seriam construídos quatro andares, sendo um para uso da Administração Municipal.

Estudando a possibilidade da construção ao lado da prefeitura, a atual presidente do Legislativo, Monalisa Ruaro, entendeu não ser viável, devido à acessibilidade com a construção do viaduto e pelo terreno estar localizado em lugar onde se gastaria muito com a fundação, por ser um local aguado. Outra preocupação da presidente foi o gasto elevado que a obra acarretaria. “construir quatro andares, a Câmara não tem condições financeiras diante da situação econômica que o país se encontra, não tem como gastar tanto num bem público”, disse a presidente.

Ainda no final do ano passado, surgiram informações de que a construção do Banco do Brasil, onde funcionava o antigo Besc, iria para leilão e que o ente público teria prioridade na negociação. Conta Monalisa que então foi feito estudo de viabilidade para ver se teria como reformar o local e adequar para que o Legislativo pudesse ter um espaço que viesse a beneficiar toda a comunidade.

Concluindo que o local seria adequado, foi feito uma proposta de compra pelo Legislativo, inicialmente não aceita pelo Banco do Brasil que pedia R$ 1 milhão. Porém, persistentemente, foram feitas três avaliações com corretores de imóveis, para então, juntamente com a assessoria jurídica do Município, através do advogado Francisco Barbosa, entrar com processo de desapropriação do imóvel, contando com o respaldo do atual prefeito Dorival Ribeiro dos Santos.

Um valor de R$ 700 mil foi depositado pelo Legislativo, via judicial, como pagamento, de acordo com as avalições feitas pelos corretores. Na semana passada, saiu a decisão da liminar proferida pelo juiz da Comarca de Catanduvas, José Adilson Bittencourt, favorável à Câmara de Vereadores que tomou posse do imóvel.

Reforma para adequações necessárias

Passado todo o processo que resultou em beneficio da Câmara e consequentemente de toda a população, o próximo passo é a reforma do local adequando com acessibilidade e comodidade. A ideia é fazer com que a Casa Legislativa possa servir de local apropriado para formaturas, sessões públicas, seminários e outros eventos da comunidade. A construção de um auditório oportunizará a população a desfrutar do imóvel da melhor maneira possível.

Após os processos de licitações para contratação de engenheiro/arquiteto, mão de obra e compras de materiais para a construção, será iniciada a reforma que deve ficar concluída no próximo ano.

           

           

Agradecimentos

Para a presidente Monalisa Ruaro esta é uma conquista de todos. “Estou só de passagem, o imóvel vai ficar para o povo usufruir. Por isso quero agradecer a Deus que sempre me deu sabedoria e discernimento guiando nossos passos para que tudo se concretizasse. A todos os ex-presidentes, aos funcionários Dra. Scheila, Dra. Monia, secretária Neusa, contadora Simone e todos os vereadores que acataram a ideia e deram todo o apoio necessário”.

 

Neusa D’Avila / Jornal O Fato



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