Manifestantes realizam mobilização contra possível fechamento do hospital de Catanduv
A manifestação foi feita em frente ao Fórum da Comarca e mobilizou Patrulhamento Tático e Polícia Militar
Como forma de protestar por um possível fechamento das portas do hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Catanduvas, um grupo de pessoas da comunidade realizaram uma mobilização em frente ao Fórum da Comarca na tarde desta segunda-feira (13).
O objetivo segundo manifestantes foi chamar a atenção de todos os políticos e principalmente do judiciário, para que não deixem o hospital fechar as portas, reivindicando atendimento 24 horas como vinha sendo oferecido desde o mês de agosto de 2015.
Os manifestantes quiseram chamar a atenção da Juíza da Comarca de Catanduvas, Dominique Gurtinski Borba Fernandes, que há exatos 30 dias determinou que o hospital do município, que vinha sendo administrado por uma empresa privada, fosse imediatamente reassumido pela administração, sob pena de multa diária por fraude em licitação.
A empresa CL Serviços de Saúde Médica Hospitalar, contava com plantão 24 horas e o quadro técnico exigido pela Vigilância Sanitária de 22 funcionários.
Desde então, a população ficou desassistida, pois, para que o Município possa oferecer um atendimento conforme o que determina os órgãos competentes, como Vigilância Sanitária do Estado, teria que contratar a equipe mínima necessária para desenvolver as atividades do hospital, porém, sem condições de arcar com a contratação e de manter as despesas oriundas dos trabalhos desenvolvidos o Hospital corre o risco de ser fechado, pois, de acordo com o vereador Leucir Parisotto, o índice gasto com a folha de pagamento ultrapassaria o máximo permitido, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com o Presidente do Conselho Municipal de Saúde Dilson Rízzi, várias tentativas foram feitas junto ao Ministério Público (MP), para encontrar uma solução referente ao Hospital para sanar a maior preocupação da população de Catanduvas, no entanto até o momento nenhuma solução foi encontrada.
A Juíza Dominique tentou uma conversa com os manifestantes, mas, alguns começaram a vaiar e fazer apitaço.
"Essa manifestação não deveria estar acontecendo aqui em frente ao Fórum, mas sim, em frente à prefeitura", disse ela.
Segundo a magistrada, a decisão dada por ela não foi para o fechamento do hospital, e sim, para que a empresa CL Serviços que explorava o Hospital paralisasse os seus serviços devido a problemas na licitação entre a mesma e a prefeitura. Ela reiterou que expediu ordem judicial para que a administração reassumisse o hospital ou que uma nova licitação seguindo todas as determinações que a Lei obriga fosse realizada.
O Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) da Polícia Militar (PM) estiveram acompanhando a manifestação em frente ao Fórum e em seguida em frente à Casa Legislativa.
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