Novo guia para Triagem Auditiva Neonatal é lançado pelo Ministério da Saúde

Documento atualiza critérios, orientações e fluxos de atendimento para garantir diagnóstico mais precoce, ampliar acesso aos testes e elevar cobertura nacional.


Por Catanduvas Online

01/12/2025 09:56



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O Ministério da Saúde apresentou um novo guia que promete transformar a triagem auditiva de recém-nascidos no país. Lançado neste fim de semana, o documento atualiza critérios e orientações para garantir diagnóstico mais rápido, tratamento adequado e maior inclusão desde os primeiros dias de vida, trazendo mudanças importantes nos fluxos e exames realizados nas maternidades.

 

O objetivo é garantir diagnóstico precoce, acesso ao tratamento e melhores oportunidades de desenvolvimento comunicativo para as crianças, promovendo mais equidade e inclusão social desde o início da vida. 

 

A apresentação oficial do documento ocorreu durante o 33º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia (CBFa), em São Paulo (SP), no último sábado, dia 29.

 

Entre as principais novidades, o guia apresenta novas orientações para maternidades, equipes da atenção primária, serviços de referência e equipes multiprofissionais. As atualizações buscam padronizar indicadores, fortalecer o monitoramento contínuo das ações e promover uma mudança significativa na prática clínica, ao atualizar os fluxos nos serviços de saúde. 

 

No documento anterior, todos os bebês passavam pelos mesmos exames: emissões otoacústicas e o Bera (Teste de Potencial Evocado Auditivo). Na nova versão, os indicadores de risco foram revisados, permitindo que a triagem seja direcionada conforme o tipo de perda auditiva mais provável para cada criança. 

 

Um exemplo é o caso de bebês que permanecem internados por mais de cinco dias em UTI neonatal. Esse grupo apresenta maior risco de desenvolver perda auditiva do tipo retrococlear. O exame mais adequado para identificar essa alteração é o BERA e, com as mudanças, esses recém-nascidos agora serão encaminhados diretamente para esse teste, garantindo maior precisão diagnóstica e racionalidade no fluxo de atendimento.

 

Além de aprimorar a sensibilidade dos exames para detecção precoce da perda auditiva,o novo fluxo também otimiza as filas de teste e reteste, tornando o acesso mais rápido e democrático. 

 

Meta é 70% de cobertura 

 

Entre 2023 e 2024, o Brasil alcançou 42% de cobertura da Triagem Auditiva Neonatal e, em 2025, esse índice subiu para 46%. A meta é atingir 70% de cobertura, de acordo com o consultor da Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência, Victor Fonseca Vieira. O Distrito Federal registrou o melhor desempenho, com 95%, seguido por Santa Catarina (75%), Mato Grosso do Sul (66%), Rio Grande do Sul (63%) e Minas Gerais (61%). Os demais estados ficaram abaixo de 60%. 

 

Além da atualização do documento, o Ministério da Saúde tem ampliado os esforços para assegurar que nenhum bebê fique sem acesso ao teste. As ações incluem investimentos, aquisição de equipamentos, atualização de normas e apoio a gestores municipais, estaduais e federais. 

 


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Fonte: Oeste Mais