Estoque para 36 horas: hospitais de SC podem ficar sem remédios de intubação
Há três remédios importantes do “kit intubação” de Covid-19 que correm risco de desabastecimento no hospitais de Santa Catarina. São eles: Atracúrio, Propofol e o relaxante muscular Rocurônio – este último está em nível mais crítico de desabastecimento, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
“Apenas nos primeiros nove dias de março foram consumidos o equivalente a quase duas vezes a média mensal de 2020 – aumento de quase 90%” informou a pasta nesta quinta-feira (18).
O chamado kit intubação, como o nome diz, é utilizado no tratamento de pacientes intubados com Covid-19. Ele conta com cerca de 22 medicamentos, entre remédios para anestesia, relaxamento muscular e sedação.
Além dos já citados, fazem parte do kit os seguintes medicamentos: Atropina, Cetamina, Cisatracúrio, Dexmedetomidina, Dextrocetamina, Diazepam, Epinefrina, Etomidato, Fentanila, Haloperidol, Lidocaína, Midazolam, Morfina, Norepinefrina e Suxametônio.
Os baixos estoques dos remédios exigem uma ginástica por parte dos hospitais. Junto às UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) lotadas e o agravamento de casos, a situação forma um cenário considerado “gravíssimo” pelos profissionais.
Estoque para apenas seis horas
O baixo estoque de um bloqueador neuromuscular utilizado com os pacientes intubados assustou os profissionais do HRSP (Hospital Regional São Paulo), em Xanxerê, nesta segunda-feira (15). Na ocasião, o estoque só duraria trinta e seis horas e a entrega emergencial atrasou.
“O avião da Defesa Civil que traria os medicamentos teve que trazer um óbito do Espírito Santo” conta Isabela Pissetti Piccinin, farmacêutica coordenadora de suprimentos do HRSC. Nesta quinta-feira (18), o hospital está com um estoque de remédios para uma semana.
Apesar dos esforços e pedidos programados já realizados, a indústria farmacêutica não consegue atender a alta demanda de solicitações dos hospitais.
Dentro os motivos para o desabastecimento no Estado, estão o aumento de internações, o crescimento de casos graves que exigem maiores doses e o encarecimento dos remédios. A situação é muito mais grave do que a enfrentada em julho e agosto do ano passado – o pior momento da pandemia no último ano.
Encarecimento
Conforme a Ses, devido à alta demanda nacional, muitos itens ficam escassos no mercado ou completamente desabastecidos. Os fornecedores não conseguem cumprir prazos de entrega e as compras são fracassadas por ausência de cotadores.
Os bloqueadores neuromusculares, por exemplo, eram cotados em 18R$ no início da pandemia. Hoje custam R$260 a unidade. Para comprar um outro remédio do kit era pago R$ 11,40 a unidade – o valor saltou para R$ 33,33.
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