Chapecó deve anunciar “lockdown parcial” após atingir 200 mortes
Prefeito afirmou que avalia a decisão com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19; decisão deve ser oficializada ainda nesta segunda-feira (22)

Chapecó avalia adotar “lockdown parcial” para os próximos dias para tentar frear o avanço da pandemia de coronavírus na maior cidade do Oeste de Santa Catarina. O município registrou 14 óbitos nas últimas horas e alcançou a marca de 202 mortes pela doença. A decisão deve ser anunciada até o fim da tarde desta segunda-feira (22) com início imediato.
Ao ND, o prefeito João Rodrigues (PSD) confirmou que avalia a possibilidade de adotar a medida mais severa. “Estamos discutindo com a nossa equipe jurídica e de médicos para avaliar os impactos que isso refletirá”, afirmou.
O prefeito está em Brasília, no Distrito Federal, para uma audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A reunião está marcada para às 11h desta terça-feira (23) e, conforme o prefeito, o objetivo é garantir 100 mil doses para imunizar 50 mil pessoas de forma emergencial.
O lockdown parcial deve incluir o fechamento de lojas, academias, salões de beleza, shopping, restaurantes e a suspensão do transporte coletivo. Outros estabelecimentos também devem fazer parte deste pacote. A medida teria vigência por uma semana, ou seja, até dia 1º de março. No entanto, pode ser avaliada a continuidade do confinamento. “Vamos preservar só a indústria e as oficinas mecanicas”, disse João.
Para aliados do governo municipal, o prefeito disse que vê a necessidade de tomar novas medidas. “Já fizemos tudo, absolutamente tudo que era possível para sair desse momento que estamos vivendo. A UPA e os Postos de Saúde estão cheios e a ‘coisa’ não está surtindo efeito. Agora preciso tomar uma nova medida”, completou.
A assessoria da Prefeitura de Chapecó afirmou que a equipe técnica está reunida nesta tarde de segunda-feira para definir novas medidas.
Chapecó tem mais de três mil casos ativos de coroanvírus e 196 pacientes internados. O prefeito confirmou que a saúde pública vive um colapso por conta da falta de leitos de UTI.
Fonte/ND+
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