Celesc diz que manterá aumento nas contas de luz em SC

Empresa enviou nota de resposta à ação do Procon/SC; órgão de defesa do consumidor considerou ajuste na tarifa de energia


Por Catanduvas Online

02/09/2020 15:49



img


Aumento poderia ser maior, de 15,52%, mas ficou em 8,14% devido à “Conta-Covid”-Foto/Catanduvas Online

 

A Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apresentaram respostas à ação jurídica do Procon/SC (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) sobre o aumento nas contas de luz.

 

Em resposta à notificação do Procon, a Celesc esclareceu, em nota, que “tem obrigações perante o poder concedente e perante o Órgão Regulador (Aneel) e que para a prestação desse serviço, há uma sequência de requisitos a serem cumpridos […] anualmente a fim de manter sua concessão”.

 

Em sua defesa, a empresa alega também que “não pode a concessionária de energia elétrica simplesmente descumprir suas obrigações, considerando os impactos econômico-financeiros, podendo inviabilizar o atendimento aos consumidores, não aplicando o Reajuste Tarifário Anual homologado pela Aneel, sob pena de violação de suas obrigações legais e contratuais junto à Aneel e ao Poder Concedente, a União Federal”.

 

A Celesc destaca ainda que a pandemia da Covid-19 apresentou grande impacto no setor elétrico. “O faturamento da Celesc foi impactado em 6,26% no comparativo entre o processo tarifário atual e o processo anterior (Agosto/18-Julho/19)”.

 

E conclui afirmando que “não será possível realizar a suspensão do reajuste tarifário definido pela Aneel”. A empresa pede ainda que não seja aplicada uma eventual multa, visto que “tem agido em cumprimento das obrigações legais e contratuais firmadas com o Poder Concedente.”

 

Procurada pela reportagem do nd+, a Aneel informou que já enviou a manifestação à Justiça Federal. No entanto, os argumentos utilizados pela defesa não foram divulgados.

 


MEPITA ?>

 

Entenda o caso

 

Na última sexta-feira (28), a Justiça Federal estabeleceu prazo de 72 h para as empresas se manifestarem sobre o reajuste médio de 8,14% na tarifa de energia elétrica, vigente desde o dia 22 de agosto no Estado. O prazo encerraria nesta quarta-feira (2).

 

O Procon entrou com ação judicial contra a Celesc e a Aneel pedindo a suspensão imediata do reajuste, que foi autorizado pela agência reguladora. “Num momento de pandemia que nós estamos vivenciando, não é hora de dar esses reajustes”, disse o diretor do órgão, Tiago Silva.

 

A Celesc já havia se manifestado anteriormente alegando que o aumento poderia ser maior, de 15,52%, mas ficou em 8,14% devido à “Conta-Covid”, ferramenta do Ministério de Minas e Energia que objetiva redução dos impactos nas contas.

 

Fonte/ND Mais